Neste episódio Álvaro Garnero se aventurou por três das maiores atrações da Islândia. A primeira parada foram as cachoeiras de Gullfoss, que quer dizer cachoeira dourada em islândês.

A cachoeira do rio Hvitá tem forma de escada e 32 metros somando as duas quedas (o primeiro estágio tem 11 metros e o segundo estágio 22 metros). A cachoeira de Gullfoss poderia não existir hoje não fosse o ativismo de uma moça. O governo da Islândia fez alguns projetos no início do século XX para transformar as cachoeiras em uma hidrelétrica. Tómas Tómasson, proprietário da área chegou a alugar o terreno para investidores estrangeiros. Mas sua filha Sigríður Tómasdóttir usou todos os expedientes legais, inclusive ameaçou se jogar nas cachoeiras, caso elas fossem destruídas. Hoje existe um busto dela no parque de Gullfoss, e Sigríður estava certa. As cachoeiras se transformaram na maior atração turística do país e arrecadação de dinheiro com visitantes vale muito mais do que se o lugar tivesse se transformado numa usina. Toda a energia elétrica da Islândia vem das usinas termoelétricas, que tiram energia dos vulcões. Sigríður é celebrada como a primeira defensora do meio ambiente no país.

Segunda parada de Álvaro é Geysir, a nascente eruptiva mais famosa da Islândia. Tão famosa que ela deu o nome para todos os outros geiseres do mundo. “Geiser” virou sinônimo de nascente eruptiva depois dela. O Geysir já foi muito mais ativo, em meados do século XIX as erupções chegavam a 170 metros e em 1910 elas aconteciam a cada meia hora. Hoje só há erupções duas vezes ao ano, mas existe algumas outras nascentes eruptivas no mesmo local, hoje muito mais ativas que o Geysir. O Stokkur, na mesma área têm erupções a cada 8 ou 10 minutos, como Álvaro mostrou. Elas chegam a ter 40 metros.

Finalmente Álvaro chegou ao Parque Nacional de Þingvellir (Thingvellir) de 930 a 1798 o parlamento nacional da Islândia acontecia aos verões nessa área. Quando os primeiros vikings noruegueses chegaram à região, nos meados do século 9 as reuniões políticas eram distritais, mas, com o aumento da população sentiu-se a necessidade de criar uma assembleia.Todas as famílias que moravam na Islândia iam para o Thingvellir anualmente para discutir leis, dar notícias sobre as famílias. Um rio foi desviado para suprir a necessidade de água de todos que acampavam por lá. A pessoa mais importante nessas assembleias era o Porta-voz das Leis. Ele era eleito a cada três anos e tinha que memorizar todas as leis vikings e recitá-las para a população. Ele também precisava recitar as regras de procedimento das assembleias. Ele fazia tudo isso em frente à Pedra da Lei. Essa pedra nunca foi achada por arqueólogos. O porta-voz das leis comandava 48 chefes de clãs nos conselhos de lei, chamados Lögrétta. A população precisava aparecer nessas assembleias porque o não-comparecimento era o mesmo que dizer que você não concordava em se submeter às leis do país, o que justificava qualquer justiçamento ou vendeta individual. Por exemplo: seu filho roubou um cavalo do vizinho. No verão esse caso seria julgado pela Lögrétta e, se declarado culpado, o filho teria que cumprir uma pena. Se nem você ou seu filho aparecesse, isso daria poder ao seu vizinho de resolver essa disputa do jeito que ele quisesse. Se ele matasse seu filho, queimasse sua casa ou fizesse qualquer outra barbaridade você não poderia reclamar, porque se negou a seguir as leis do grupo. Então muitas das pessoas iam para o parlamento por medo. Mas os verões no Parlamento além de serem uma forma de regular a sociedade também eram uma assembleia social. As pessoas iam para lá para se encontrarem, rever conhecidos, casar filhos, então era muito uma mistura de dever legal com festa.

Cercando todo o parlamento existe uma parede muito alta de pedra, elas são as tais das placas tectônicas que dividem a Eurasia da América. Essa é a parte da Islândia onde eles estão mais visíveis, mais acima do nível do mar.

Gullfoss Falls – Gullfoss
Haukadalur – Gullfoss
Parque Nacional Thingvellir – Thingvellir
Kontinental-Spalte – Thingvellir
Silfra Diving – Thingvellir

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